A Cor do Que Se Apaga
“Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.” Aílton Krenak “A Cor do Que se Apaga”, é um refúgio em tempos tão sombrios, buscando a esperança e força de quem veio antes de nós, para seguirmos em nossas lutas de todos os dias. Pensando conceitos relacionados à imagem, racismo e cor de pele, busco compreender o que constitui minha identidade enquanto mulher negra e amazônica. De memórias de família, surgem reflexões sobre minha ancestralidade e que me trouxe até aqui, perguntas que desaguam em questões macro da fotografia e artes visuais: como o corpo negro é visto e representado diante de um processo de apagamento de nossas ancestralidades e o racismo que oprime e violenta nossos seres? O que nos constrói enquanto seres e como isso nos leva ao coletivo, sentimento tão esgarçado diante do distanciamento e individualidade que permeiam a vida hoje?